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Nossa História

SAIBA MAIS SOBRE O SURGIMENTO DO EDIFÍCIO ITÁLIA

HISTORIA

"A história do Circolo Italiano San Paolo, desde a sua fundação em 1911 e até os anos 60, deve ser lembrada para justificar como foi idealizado, projetado e construído o Edifício Itália, que surpreendeu pela sua imponente grandiosidade e mudou a paisagem urbana de São Paulo.

Na época, o que motivou um grupo de italianos e ítalo-brasileiros a fundar o Circolo Italiano foi a tentativa, bem sucedida, de eliminar divisões regionais da época e criar um espaço comum onde pudessem conviver os italianos de norte a sul da Itália.

Um dos promotores da fundação, Ugo Conti, foi o primeiro presidente eleito em 1911 que instalou a sede na Rua São Bento onde permaneceu menos de um ano. Alugou em seguida uma sede mais confortável na Praça de Sé onde o Circolo Italiano permaneceu por mais de 12 anos de 1912 até 1924.

Nesse intervalo de tempo o Circolo Italiano se desenvolveu rapidamente e foi na administração de tries presidentes: Vicenzo Frontini, Nicola Puglisi e Enrico Secchi que se concretizou a compra de dois terrenos dos quais existia um palacete. É nestes local, composto por dois terrenos, que futuramente seria erguido o Edifício Itália.

A Assembléia dos sócios integrada por italianos e italianos nascidos no Brasil, aos 22 de Setembro de 1923 autorizou a compra de um palacete, num terreno com 30,40 metros de frente para a Rua São Luiz, 19 e 43,60 metros de frente para a Rua Epitácio Pessoa, cuja propriedade pertencia a D. Francisca Miquelina de Souza Queiroz. Em 1925, foi adquirido outro terreno, adjacente ao primeiro, com 9,50 metros de frente para a Rua São Luiz e 34,50 metros para a Rua Epitácio Pessoa. Eram proprietários desse terreno Thadeu Nogueira e Alfredo Pujol.

 

Na compra dos dois terrenos e na reforma do palacete foram despendidos R$ 662.050 (reais da época) a maior parte obtidos por subscrição dos mais de 500 sócios inscritos no Circolo Italiano.

Nesse ambiente renovado, modernizado e amplas instalações, e com o passar dos anos alcançando mais de 1.200 sócios, a

coletividade recebeu amigos, autoridades brasileiras e italianas, artistas, conferencistas visitantes. Em 1936, o número do endereço da Rua São Luiz foi mudado de 19 para 72.

Em Abril de 1938, foi eleito presidente Francisco Matarazzo Sobrinho. Mas no mês de Outubro, ele e mais 37 sócios, italianos nascidos no Brasil, foram obrigados a se demitir do Circolo Italiano porque uma Lei Federal não permitia que brasileiros integrassem entidades estrangeiras.

Assim, mesmo o grupo com seus vínculos morais pelo amor a Pátria de origem, fundou a Associazione Latina adotando como sede, a mesma residência que também eles ajudaram a comprar e reconstruir. Nessa época o novo endereço da residência passou a ser Avenida São Luiz, 50.

Em 18 de Março de 1942, o Conselho, presidido por Mario de Fiori, foi obrigado a suspender as atividades do Circolo Italiano por causa do conflito entre Itália e Brasil. O Governo Federal requisitou a residência da Rua São Luiz, para instalar a Legião Brasileira de Assistência.

Os italianos que ficaram cuidando do que restava do Circolo Italiano, se abrigaram com os arquivos e uns poucos móveis, na pequena casa dos empregados num canto do terreno. Apesar da pressão das autoridades, se recusaram a mudar o nome do Circolo Italiano assim como fizeram outras entidades de origem italiana, alemã e japonesa.

Com o fim do conflito, a primeira reunião de sócios foi realizada em 1948, numa sala do Edifício Martinelli, abrigo das entidades italianas no período bélico. Depois da assinatura do Tratado de Paz entre Itália e Brasil em 1949, o Circolo Italiano reiniciou oficialmente suas atividades em 2 de Agosto de 1950.

A residência da Av. São Luiz, ainda era ocupada pela Legião Brasileira de Assistência mas Emidio Falchi, eleito presidente em Março de 1951 requereu ao Governo Federal a reintegração do imóvel, concedida por decreto do Ministro Negrão de Lima aos 10 de Junho de 1951.

Emidio Falchi, desde a posse, entendeu que a sede da Av. São Luiz não se coadunava com o progresso da cidade de São Paulo e iniciou os entendimentos com varias empresas convidadas a desenvolver projetos para a construção de um edifício naquele amplo e lindo terreno no centro da capital do Estado situado na esquina da Av. São Luiz, com a Av. Ipiranga.

Duas construtoras, Cavalcanti Junqueira e Otto Meinberg se interessaram ao projeto mas somente a Otto Meinberg em Novembro de 1954 apresentou a proposta da incorporação e construção do edifício oferecendo em compensação uma área construída de 10.000 m2 e CR$ 24 milhões em dinheiro, condições aprovadas pelo Conselho do Circolo Italiano.

Emidio Falchi na reunião da Diretoria de 29 de Abril de 1955, recomendou que a nova edificação fosse denominada Edifício Itália proposta aprovada pela unanimidade dos Conselheiros. No mesmo ano a Otto Meinberg iniciou as sondagens pelo terreno. A pousa da primeira pedra foi solenemente realizada aos 29 d eAbril de 1956.

Em Janeiro de 1958, a Otto Meinberg, na aprovação do projeto definitivo, requereu que a construção do edifício, prevista inicialmente com a estrutura de aço, fosse realizada em concreto armado. A proposta foi aprovada pelo Conselho, agora presidido por Renzo Scalini, eleito em julho de 1957, por motivo de falecimento do grande Emidio Falchi.

Em 21 de Janeiro de 1959, o Ministro da Justiça, Dr. Cirillo Jun. informou que o Decreto de 18 de Abril de 1938 não estava mais em vigor e os brasileiros poderiam integrar entidades de origem estrangeira. Os membros da Associazione Latina de imediato foram reintegrados de pleno direito no Circolo Italiano como se nunca tivessem se afastado.

A Construtora Otto Meinberg, no mesmo período, completou a colocação das fundações e início a construção da edificação principal. Mas a partir de 1960 apresentou sérias dificuldades para levar adiante o empreendimento, sem condições de atender aos compromissos por problemas financeiros.

Andrea Ippolito, eleito presidente do Circolo Italiano em 1959, percebeu de imediato a difícil situação da Otto Meinberg e resolveu procurar um acordo com um grupo Ítalo-Suíço, que aceitou levar adiante a construção com a intervenção e colaboração do antigo Banco do Trabalho Ítalo-Brasileiro.

O grupo Ítalo-Suíço constituiu no Brasil a Empresa E.I.C.A. - Edifício Itália Construtora e Administradora, presidida por Alberto Bernasconi e, em Março de 1962, assinou com o Circolo Italiano o conjunto adjunto excluindo a Otto Meinberg da conclusão do edifício.

 

A E.I.C.A. surpreendeu pela rapidez da complexa construção completada em três anos. O Conselho do Circolo Italiano, na reunião de 8 de Junho de 1965, definiu a data de ocupação da Sede no 1º andar do Edifício Itália.

A Sede foi ocupada solenemente aos 9 de Novembro de 1965, na presença de convidados, autoridades Italianas e Brasileiras, podendo ser esta a data de inauguração do Edifício Itália.

Nessa mesma data, o Conselho pediu a Francisco Matarazzo Sobrinho para que presidisse a comissão responsável pela decoração da sede, confiada ao Escritório de Arquitetura Croce Aflalo e Gasperini.

O Edifício Itália erguido no terreno de 2.383m2, tem 45 andares e 50.243 m2 de área construída e constitui a maior estrutura em concreto armado do mundo.

O Circolo Italiano ficou como proprietário de uma área construída de 10.090 m2 assim distribuídos:

A) Área exclusiva para associados de 8.007 m2, em 3 andares atendidos por 4 elevadores, incluindo o auditoria no subsolo, com área de 911 m2, hoje Teatro Itália.

B) Salas de Escritório com área total de 2.169 m2, nos 3 primeiros andares da Torre.

"Il Cavalo Rampante", obra do escultor Pericle Fazzini, doada pelo Governo Italiano, é colocada no Terraço do Circolo Italiano, ornando o Edifício Itália na confluência da Av. Ipiranga e Av. São Luiz.

Em 1970, a Embratel, ocupava os últimos andares do Edifício Itália e pediu para instalar na Sede do Circolo Italiano, os primeiros aparelhos de televisão a cores, para transmitir em caráter experimental os jogos de futebol do Campeonato Mundial que se realizava no México.

Esse evento motivou mais uma amigável integração entre a coletividade italiana e as centenas de convidados brasileiros que lotaram os salões do Circolo Italiano, durante as competições. Depois da final entre Brasil e Itália, "Spumante" italiano foi oferecido a todos os torcedores presentes.

Os eventos que se sucederam depois dessa época podem e devem ser relatados por outras importantes entidades que ocuparam e ocupam os ambientes dos 45 andares do Edifício Itália.

É finalmente justo lembrar o Presidente Emidio Falchi, idealizador do Edifício Itália e o Presidente Andrea Ippolito que, com prestígio e conhecimentos no campo das finanças, se empenhou para que a construção do Edifício Itália fosse levada a bom termo."

GIUSEPPE PAGANO

Associado do Circolo Italiano de 1954 a 2017

In memoriam

NÚMEROS

Números do Condomínio

Segundo Maior Edifício de São Paulo: 165 metros de altura (151 m a partir do nível da rua)

Área construída: 52 mil metros quadrados

Capacidade: 10 mil pessoas / 25 mil para população flutuante

Janelas: 4 mil janelas na fachada do prédio, com 6 mil metros quadrados de vidro

46 pavimentos com 19 elevadores

Peso total da torre: 38.660 toneladas

Fundação: feita sobre 276 estacas

Quantidade de concreto: 14 mil metros cúbicos

Quantidade de cimento: 150 mil sacos

Quantidade de tijolos: 2,5 milhões

Quantidade de cal: 100 mil sacos

ESTRUTURA

Estrutura do Condomínio

Poço artesiano

Com 96 metros de profundidade, ligado a uma estação de tratamento é capaz de fornecer 5 mil litros de água tratada e filtrada por hora.  Análise mensal da qualidade da água é realizada pela empresa Labortechnic.

Este poço faz com que, em uma interrupção do fornecimento de água pela conscessionária, nosso edifício tenha auto suficiência.

Àgua de reuso

 

Retirada do lençol freático abundante logo abaixo do sub-solo,  esta água é utilizada para lavagem de calçadas entre outras. Com aparência límpida é vedada para consumo humano sendo que em sua utilização é obrigatório placas de sinalização de alerta.

Fibra ótica

 

O edifício é servido pelas empresas: Vivo – Mundivox – Algar – Embratel – GVT - TELMEX

Brigada de incêndio

 

Nossa brigada é composta por 06 bombeiros profissionais se revesando em turnos durante 24 horas. A brigada se destina a  prevenção de incêndios e outros acidentes, manutenção dos equipamentos de combate a incêndio, além de Ministrar cursos de Brigadistas aos representantes das várias empresas instaladas no condomínio, a brigada de bombeiros ainda presta os seguintes serviços:

- Atendimento de primeiros socorros ( pequenos curativos , mal subito)

- Mensuração de pressão arterial , utilização de aparelho desfibrilador ( paradas cardíacas) , encaminhamento a unidades de saúde e acionamento do SAMU.

Gerador de emergência

 

O edifício Itália conta com um gerador de energia movido a óleo diesel que quando da falta de energia elétrica atende a um elevador de cada bloco eiluminação das áreas comuns por um período de 6 horas, tempo sificiente para evacuação de todas as pessoas do edifício ou o retorno natural de energia.

Marca : Stemac

Motor : Cummins  

Alternador: Weg    

Potencia 450 KVA – tanque de 200 litros diesel

Manutenção mensal pela empresa: Geradiesel

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